País pulsou por Marielle Franco no 14 de março

Por sindoif

O 14 de março de 2019, em todo país, foi marcado por fortes manifestações lembrando 1 ano da execução de Marielle Franco e Anderson Gomes. Em Porto Alegre a manifestação principal ocorreu na Esquina Democrática e cruzou as ruas do Centro e da Cidade Baixa exigindo justiça.

Em mais uma ato massivo que marcou o mês de março, logo após as exitosas marchas do 8M, o país voltou às ruas neste dia 14 para exigir justiça para Marielle e Anderson. A data, que marcou 1 ano da execução da vereadora carioca e do trabalhador que a acompanhava, foi marcada por grandes atos nas principais cidades do país e em muitos locais do exterior.

As manifestações por Marielle e Anderson começaram na manhã de 14 de março, como foi o caso do Campus Osório do IFRS. Os núcleos de ações afirmativas do campus, como o NEPGS e o NEABI, realizaram atividades ao longo do dia. As atividades contaram com a participação de estudantes e docentes e mobilizaram a comunidade interna do Campus Osório. Para marcar o ato, o Sindoif ANDES IFRS doou ao campus uma placa em homenagem a Marielle (imagem abaixo).

No Campus Alvorada as intervenções foram organizadas pelo Coletivo Feminista Marielle Franco, que também reuniu professore(a)s e estudantes para, simbolicamente, recepcionar a placa em homenagem à Marielle doada pelo Sindoif ANDES IFRS (foto a seguir).

No Campus Viamão, a placa de Marielle foi entregue para as organizações do movimento estudantil, que ficaram encarregadas de propor ao Conselho de Campus que a biblioteca de Viamão passe a homenagear a vereadora executada há 1 ano pelas milícias do Rio. No Campus Restinga as manifestações ocorreram durante a formatura dos cursos técnicos, na noite do próprio dia 14. No Campus Canoas estudantes ligados ao NEABI montaram um lindo painel com a imagem de Marielle (foto abaixo).

No final do dia, na Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre, uma multidão se reuniu para cobrar justiça e exigir que o estado brasileiro responda a principal pergunta sobre o caso: Quem mandou matar Marielle? Diferentes organizações políticas, sindicais e dos movimentos sociais se revezaram para cobrar justiça e lembrar a luta de Marielle.

O ANDES-SN, através da professora Elisabete Búrigo, presidenta da Seção da UFRGS e que falou também pelo Sindoif, ressaltou que este é o momento de enfrentarmos a barbárie instalada no país. Elisabete ressaltou a importância de lutarmos contra a barbárie em suas diferentes facetas, como a proposta de flexibilização do porte de armas. Afirmou que o ANDES-SN não irá sair das ruas e continuará exigindo justiça para Marielle e Anderson, até o completo esclarecimento do caso, inclusive com a identificação dos mandantes da execução e daqueles que, eventualmente, tenham acobertado a ação dos milicianos no Rio de Janeiro.

Após as intervenções na Esquina Democrática, a multidão saiu em marcha pelas ruas do centro da capital gaúcha, se dirigindo até o Largo Zumbi dos Palmares e, após, adentrando pelo bairro Cidade Baixa para convocar a população porto-alegrense a aderir à luta contra o governo de milicianos que se instalou no país. Durante toda a marcha, além das falas em memória de Marielle e Anderson, a organização do ato lembrou a necessidade de voltarmos às ruas no próximo dia 22 de março, para combater a contrarreforma da previdência.

Veja a seguir algumas imagens do 14 de março em Porto Alegre e nos campi do IFRS. Imagem da capa: Sul21.

 

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