Cenas externas marcam a posse do amigo de Trump e Netanyahu
Posse do novo presidente do Brasil foi cercada de apoiadores portando bandeiras norte-americanas e israelenses enquanto Jair Bolsonaro prometia “libertar o país da submissão ideológica”.
Ao assinar o termo de posse, Bolsonaro dirigiu-se aos parlamentares no plenário do Congresso e disse: “Estou casando com vocês“. O presidente atribuiu a eleição dele ao atentado ocorrido durante a campanha eleitoral, no qual teria sofrido uma facada.
Apesar de ter passado a campanha eleitoral inteira reforçando um discurso homofóbico, machista, misógino, entre outras formas de preconceito e exclusão, Bolsonaro afirmou que irá governar para todos ao dizer “reafirmo meu compromisso de construir uma sociedade sem discriminação ou divisão”.
Bolsonaro convocou os parlamentares a ajudá-lo a libertar o país “da submissão ideológica“. Afirmou, ainda, que sob o governo dele o Brasil “voltará a ser um país livre das amarras ideológicas“. Por ironia, do lado externo do Congresso, algumas pessoas portavam bandeiras dos EUA e de Israel, ou mesmo cartazes com imagens de Bolsonaro e Trump, numa clara alusão aos vínculos ideológicos do novo governo.
“Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e as nossas tradições judaico-cristãs, combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas“, declarou.
Na única passagem do discurso de posse em que Bolsonaro fez menção a educação, disse que “daqui em diante, nos pautaremos pela vontade soberana daqueles brasileiros que querem boas escolas, capazes de preparar seus filhos para o mercado de trabalho e não para a militância política“, numa clara alusão ao discurso da mordaça apregoado pelos defensores do ‘escola “sem” partido’.
Os únicos servidores públicos citados no discurso de posse foram militares e policiais. Em um trecho, o novo presidente disse “vamos honrar e valorizar aqueles que sacrificam suas vidas em nome de nossa segurança e da segurança dos nossos familiares”. “Contamos com o apoio do Congresso Nacional para dar o respaldo jurídico aos policiais para realizarem seu trabalho”, completou.
Crédito das fotos: Jornalistas Livres.
