Novo diretor do INEP diz ser a favor da queima de livros

Por sindoif

Murilo Resende Ferreira vem dividindo opiniões desde que foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) – responsável, inclusive, pela prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O nome do economista, que dava aulas em uma instituição privada de ensino superior em Goiás, foi sugerido por profissionais que fazem uma espécie de ‘fiscalização informal em livros didáticos’. Em audiência pública no Ministério Público Federal, em 2016, Resende disse a frase que vem dividindo opiniões nas redes sociais: “Professores pregam o aborto, incesto e pedofilia”.

“Não se conta isso para os pais, essa é a farsa de vocês. Vocês falam: ah, é simplesmente uma questão de respeito em relação aos homossexuais. É só isso o que a gente quer ensinar […] O que os professores estão querendo com isso é poder. Um poder que eles querem roubar e sequestrar da família”, declarou. “Então ideologia de gênero, que hoje é o grande cavalo de batalha desses manipuladores, sim, gente que não quer estudar de verdade, que sequer conhece a literatura, sequer conhece a filosofia“, disse Rezende ao MPF em 2016.

De acordo com o jornal “O Globo”, em uma página em que oferece cursos presenciais e online, Murilo diz que os ensinamentos de Olavo de Carvalho foram ponto central em seu “amadurecimento intelectual”. “Devorei a obra de Olavo de Carvalho, que me preservou de meu fanatismo original pelas ideias libertárias da Escola Austríaca de Mises e Rothbard”, declarou Rezende na publicação.

Resende acredita ainda que o regime militar abriu espaço aos “marxistas” nas universidades e escolas: “Esse estágio atual que a gente passa na educação brasileira nasceu em muito sentido já no regime militar. Onde a gente viu o regime militar adotar uma famosa tese da panela de pressão, que para contrabalancear a esquerda guerrilheira, a esquerda lá do Araguaia, eles deveriam dar um espaço a esses marxistas dito democráticos, que não tinham aderido à luta armada. E o espaço deles deveria se dar nas escola”.

Fonte: Catraca Livre.

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